Marvel RPG Universe Plot
Trama atual: "Invasão Asgardiana"


Nosso mundo está sendo invadido pelos Asgardianos, com a desculpa de que os conflitos que estão estourando por todo o planeta são um reflexo da nossa inabilidade de manter a paz. Será que essa ocupação é mesmo a resposta que a Terra precisava? Ou estaríamos em uma situação melhor na guerra civil entre facções (humanos x mutantes x inumanos) que ameaçava destruir a paz pela qual tantos heróis morreram no passado?
Naquela manhã, a garota não esperava nada fora do comum. Na realidade, era para ser um dia ordinário — correr para o trabalho, escutar seu chefe resmungar de todos os funcionários e depois correr novamente para o local de filmagem, só para noticiar a rotina entediante daquela cidade. O cameraman procurava o ângulo perfeito da praça, tomando o cuidado de apanhar a rua e os prédios enquanto a reportar tentava arrumar seu cabelo longo e seu blazer cinza. A jovem inspirou fundo e fitou a lente da câmera, abriu a boca e o fechou fazendo biquinho, testando os músculos faciais e, no fim da contagem regressiva dos dedos do operador de câmera, ela alargou o sorriso mais encantador que poderia mostrar.

O rufar de martelos e tambores preenchem de repente o ar. A garota franze o cenho e encara o operador. Vozes se erguem acima de buzinas e sons de pneus arrastando no asfalto. Uma sensação estranha atravessa a jovem e por instinto levou os olhos na direção ao céu. Com os olhos bem abertos, encontrou a escuridão. As nuvens tornaram-se negras, pareciam prontas para descarregar sua fúria e subitamente, um grito irrompe o silêncio, um grito desesperado que força a garota a voltar a respirar, encontrar o próprio equilíbrio antes que uma explosão de luz azul a cegasse.

O som de sirenes e gritos perfuravam os tímpanos dela. Sem perceber, todos seus sentidos estimulam o cérebro como um soco e, num reflexo natural, ordenou o cameraman voltar a filmar. Virou o rosto meio atrapalhada, pondo a mão sobre a cabeça e, logo se deparou com a cena mais esplendida e terrível em toda a sua vida. Homens e mulheres de armadura surgiam como um espectro das luzes espiraladas, lentamente ganhando forma física ao passo que ficava notável as armas de aparência medieval. Se portavam como guerreiros, peitos estufados e orgulhosos de si mesmos. Um deles, o que permanecia à frente do estranho grupo observou a área, frisando a testa, numa expressão indecifrável.

Ele resmungou algo em uma língua desconhecida quando um policial exultou que todos largassem as armas. Dois de seus companheiros de aspecto viking saltaram sobre a ponta de um carro, aterrissando como gatos ágeis no asfalto. Eles avançaram em direção do que a garota considerava como o líder do bando e de um inesperado movimento o policial esbraveja acionando a arma taser em um deles. Não houve efeito, o rosto sequer contraiu uma careta, ele apenas bufou como se o homem fosse um mero mosquito — e talvez fosse. O olhar enfadado sumiu, dando lugar a uma feição dura e cruel. “Humanos”, murmurou o guerreiro ao mesmo tempo em que erguia o braço e estapeava o policial, arremessando-o com violência para longe.

Em menos de um segundo, o caos entranhou aquele lugar feito garras de um animal selvagem cheias de rancor, veneno e um ódio genuíno. Prédios ruíam, carros explodiam e o chão ia sendo manchando em um tom vermelho escuro. A jovem repórter atentava com todo cuidado, incrédula a movimentação exacerbada das pessoas que se assemelhavam a formigas confusas, perdidas. Não tinha para onde escapar. Eram alvos fáceis. Ela estremeceu ao sentir o leve toque frio da lâmina, reprimiu um palavrão, tentava manter calma, inspirando e expirando várias vezes. Pelo canto dos olhos, enxergou o líder, empunhando uma espada prateada rente ao seu pescoço. Ele exibiu um sorriso contemplador, estava satisfeito. Aproximou-se da orelha da repórter e então sussurrou num tom frio: “Traremos uma nova Ordem. Este é apenas o começo”.